A AMAZUL participou da 5ª Exposição Nuclear Mundial (WNE 2023), que ocorreu de 28 a 30/11 em Paris. A empresa foi representada pelo Diretor Técnico da AMAZUL, Carlos Alberto Matias, o Coordenador-Geral de Negócios Ricardo Veloso e o Encarregado do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) Rafael Faraone Rando.

O WNE é um dos principais eventos do mundo no setor e reuniu líderes da indústria, instituições, pesquisadores e profissionais da área de vários países para debater o futuro da energia nuclear para fins pacíficos.

Na feira, a AMAZUL realizou reuniões com empresas para tratar de contratos vigentes e prospectar novas oportunidades de negócio, e também esteve presente na reunião da delegação brasileira com o Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi.

No dia 1/12, a comitiva da AMAZUL visitou instalações nucleares francesas, como um projeto de reator experimental a fusão nuclear, tecnologia em desenvolvimento que será uma alternativa para a geração de energia, hoje dominada pela fissão. A visita se estendeu ao reator de testes de materiais Jules Horowitz - reator de pesquisa projetado para testar o comportamento de materiais e combustíveis sob irradiação bem como produzir radioisótopos necessários na medicina nuclear.

Também foi realizada visita à filial da empresa francesa Framatome em Grenoble, que atua no desenvolvimento e montagem de sistemas de instrumentação e controle para plantas nucleares. Nesta fábrica, estão sendo montados e integrados os sistemas de monitoração, controle e proteção do Laboratório de Geração Nucleoelétrica - LABGENE.

Segundo Ricardo Veloso, as visitas técnicas trouxeram importantes lições sobre os desafios de processos construtivos longos e complexos. O Coordenador de Negócios também destaca como positivas as interações com empresas com as quais AMAZUL possui contratos em vigor e potenciais parceiros para os empreendimentos nucleares no Brasil, como Egis e Framatome.

O encarregado do NIT da AMAZUL, Rafael Rando, dá sua visão sobre o panorama global dos programas nucleares. “A França apresentou seu ambicioso programa estratégico de construir 20 novos reatores entre 2030 e 2050. Trata-se de entregar um reator por ano. É impressionante o impacto econômico e industrial de um programa como esse”, destaca. “O ‘boom’ nuclear acontecerá, tanto por reatores de grande porte como pela disponibilização comercial de pequenos reatores modulares (SMRs). É uma necessidade. O nuclear faz parte da solução para a descarbonização da matriz energética. Muitos países estão preocupados em preparar mão de obra especializada e sua cadeia industrial para enfrentar este enorme desafio.”