Cultura de segurança e gestão do conhecimento em organização nuclear são temas de mestrado
07/02/2024 às 10:14

A cultura de segurança deve ser predominante na cultura organizacional de instituições nucleares. Compreender a maturidade com a qual essa cultura se manifesta é fundamental para fortalecê-la nos espaços institucionais.
Esse é o tema da dissertação de mestrado de Marco Aurélio Guedes, enfermeiro do trabalho e assessor da Gerência de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho da AMAZUL.
Marco Aurélio concluiu mestrado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/USP) propondo um instrumento de avaliação da cultura de segurança em uma organização nuclear e suas interfaces com a gestão do conhecimento.
“A Agência Internacional de Energia Atômica afirma que a autoavaliação da cultura de segurança deve ser realizada de forma periódica para auxiliar a identificação de barreiras e incentivos de melhorias no desempenho das ações de segurança. A congruência entre as ações e a estratégia de segurança são fortalecidas pela gestão do conhecimento”, observa Marco Aurélio.
O autor lembra que a cultura de segurança e a gestão do conhecimento possuem mútua relação para que uma organização nuclear seja próspera em sua missão. Uma organização com cultura orientada para resultados tem efeito positivo sobre a intenção de armazenamento, transferência e criação de conhecimento no processo da gestão.
Os dados do estudo foram coletados a partir de questionário respondido por empregados da AMAZUL.
A partir das respostas, foram gerados três modelos de mensuração da cultura de segurança, que apresentaram confiabilidade, validade discriminante, convergência, dimensionalidade e significância estatística. Dois modelos mostraram-se mais adequados para aplicação em organizações nucleares.
O estudo foi apoiado pela AMAZUL para avaliação dos aspectos vinculados à segurança organizacional e aprimoramento da gestão do conhecimento e contou com o comprometimento dos empregados, gestores e alta direção.