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Diretoria da Amazul toma posse com planos para ampliar atuação da empresa na área nuclear

Diretoria da Amazul toma posse com planos para ampliar atuação da empresa na área nuclear

08/05/2019 às 19:12

Diretoria da Amazul toma posse com planos para ampliar atuação da empresa na área nuclear

Empresa quer demonstrar relevância para sociedade, potencial para novos negócios e sólidos ativos intangíveis

    A nova diretoria da Amazul, que toma posse nesta sexta-feira (10 de maio), às 15h, tem como uma de suas metas ampliar a atuação da empresa no Programa Nuclear da Marinha (PNM), Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub) e Programa Nuclear Brasileiro (PNB). O novo diretor-presidente, Antonio Carlos Soares Guerreiro, pretende tornar a empresa mais conhecida, demonstrando sua relevância estratégica, os benefícios que entrega à sociedade e sua importância para a busca da independência tecnológica do País.
    Para a solenidade de posse estão confirmadas as presenças do comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa Junior, e de autoridades federais, estaduais e municipais.
    A Amazul foi constituída em 2013 para promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades dos programas nucleares e de desenvolvimento de submarinos. Dentro do PNM, atua nos projetos para construir, comissionar e operar reator nuclear de potência, totalmente nacional, e para a produção em escala industrial do combustível nuclear. A dualidade dessa tecnologia possibilitará seu emprego tanto para a propulsão naval de submarinos quanto para a geração de energia elétrica ou, ainda, para a produção de água por meio de dessalinização.
    Em relação ao ProSub, a Amazul está comprometida com a busca de parcerias com empresas para aumentar o grau de nacionalização dos submarinos convencionais e de propulsão nuclear, contribuindo também para o fortalecimento da base industrial de defesa nacional. Atualmente, por meio de acordos de cooperação técnica, ajuda a desenvolver tecnologias como o Sistema Integrado de Gerenciamento de Plataforma e o Sistema de Combate de Submarinos.
    “Somos uma empresa dependente do Tesouro, mas temos potencial para explorar novos negócios, implantar e gerenciar empreendimentos nucleares e prestar serviços para outras empresas estatais”, diz Antonio Guerreiro.
    A Amazul está ampliando sua atuação no PNB. O principal empreendimento de que participa, no momento, é o projeto detalhado do Reator Multipropósito Brasileiro, em parceria com a Comissão Nacional de Energia Nuclear. A principal missão do RMB é suprir o mercado brasileiro de insumos para a produção de radiofármacos usados no diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer, permitindo atender à demanda reprimida no setor de medicina nuclear. “Somos coexecutores desse empreendimento e estamos preparados para assumir novas responsabilidades no RMB”, prevê o diretor-presidente.
    A Amazul mantém, ainda, cooperação técnica com a INB – Indústrias Nucleares do Brasil e o IPEN – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (neste caso, para a produção de radiofármacos) e negocia parceria com a Eletronuclear para projetos em Angra 1 e Angra 3. A empresa prevê ainda a sua participação no projeto do futuro Repositório Nacional de Rejeitos Radioativos de Baixo e Médio Níveis de Radiação (RBMN).
    A Gestão do Conhecimento é ferramenta de gestão da empresa, voltada para seu capital intelectual, e faz parte do portfólio de negócios da Amazul. O projeto-piloto, desenvolvido na unidade de produção de Hexafluoreto de Urânio, recebeu o 17º Prêmio Learning & Performance Brasil 2018/2019, na categoria Referência Nacional, que reconhece as melhores práticas em aprendizado e desempenho. A empresa concorreu com iniciativas de organizações como Claro-Brasil, Serasa Experian, Bayer e Bradesco.
    A Amazul é totalmente dependente do Tesouro e atua num setor considerado monopólio da União, segundo a Constituição. “Mas a empresa possui enormes ativos intangíveis, ainda não calculados, participa de programas estratégicos de longo prazo e tem como visão entregar à Nação conhecimento, tecnologias e pessoal capacitado nas áreas nuclear e de desenvolvimento de submarinos”, destaca o diretor-presidente.
    Com uma força de trabalho e estrutura adequadamente dimensionadas, a Amazul conta com cerca de 1.850 empregados, 90% deles voltados para as atividades-fim da empresa.

Posse
     A solenidade da posse da diretoria será nesta sexta-feira (10/5), às 15 horas, na sede da Amazul, à Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 1847, Butantã, São Paulo. A diretoria é constituída por Antonio Carlos Soares Guerreiro, Presidente; contra-almirante Antonio Bernardo Ferreira, Diretor de Administração e Finanças; Luís Antônio Rodrigues Hecht, Diretor de Gestão do Conhecimento e de Pessoas; e Francisco Roberto Portella Deiana, Diretor Técnico e de Operação.