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Físico da Amazul dá palestra sobre impacto radiológico ambiental em workshop da AIEA

Físico da Amazul dá palestra sobre impacto radiológico ambiental em workshop da AIEA

28/05/2021 às 18:09

 

Físico da Amazul dá palestra sobre impacto radiológico ambiental em workshop da AIEA

O físico Nelson Ferreira, doutor em tecnologia nuclear da Amazul, proferiu palestra sobre impacto radiológico ambiental em workshop organizado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em parceria com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).

O tema da palestra, apresentada em abril, foram as diferenças filosóficas e metodológicas entre grupo crítico e indivíduo representativo, conceitos utilizados para avaliar o impacto radiológico ambiental resultante da operação de instalações nucleares.

O grupo crítico é um grupo de indivíduos do público, razoavelmente homogêneo em relação a uma determinada fonte de radiação ou via de exposição, que seja típico dos indivíduos recebendo as maiores doses de radiação. Trata-se de um conceito recomendado pela Cnen para avaliar o impacto radiológico resultante da liberação de radionuclídeos (átomos instáveis que se tornam mais estáveis com a liberação de energia na forma de radiação) para o meio ambiente. Essa metodologia do grupo crítico embasa a avaliação de impacto radiológico ambiental desde a década de 1970.

IRCP

Já o conceito de indivíduo representativo foi proposto pela Comissão Internacional de Proteção Radiológica (IRCP), em 2006. A IRCP sugeriu uma alteração para o estabelecimento do grupo da população a ser avaliado em estudo de impacto ambiental a partir de instalações nucleares. Nesse conceito, o indivíduo representativo é aquele que recebe uma dose de radiação representativa dos membros da população sujeitos às maiores exposições, com a estimativa de dose podendo ser feita de maneira determinística ou probabilística.

Para fazer a comparação entre as metodologias, Ferreira usou como referência os resultados de estudo sobre as potenciais liberações de efluentes radioativos previstas para a Unidade Piloto de Hexafluoreto de Urânio (Usexa), localizada no Centro Industrial Nuclear de Aramar (Cina). O físico destacou que a utilização da metodologia de grupo crítico continua sendo uma maneira simples e eficiente para a avaliação de impacto radiológico ambiental, quando comparada à utilização da metodologia de indivíduo representativo e considerada a realidade brasileira quanto à disponibilidade de dados ambientais específicos de um dado local.
 

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