Programa Nuclear Brasileiro (PNB)

O Programa Nuclear Brasileiro é um conjunto de projetos e atividades relacionados com a utilização da energia nuclear, sob a orientação, o controle e a supervisão do Governo Federal. O PNB busca desenvolver no País as competências tecnológicas voltadas para utilização da tecnologia nuclear em seus vários campos de aplicação.
A AMAZUL participa de diferentes projetos voltados para o desenvolvimento nacional e o bem-estar da sociedade dentro do PNB, dentre os quais se destaca o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que ampliará o acesso da população à medicina nuclear.
A AMAZUL é co-executora do projeto detalhado do RMB, empreendimento que tornará o Brasil autossuficiente na produção de radioisótopos, base de fabricação dos fármacos usados na medicina nuclear para diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer. Além da produção de radioisótopos, o RMB também terá aplicações diversas na indústria, agricultura, meio ambiente, pesquisa, testes de materiais e combustíveis nucleares e formação de pessoal.
A AMAZUL ainda mantém parceria com Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para implantação de boas práticas de fabricação no Centro de Radiofarmácia, operado pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). O projeto faz parte do programa de modernização do Centro de Radiofarmácia, que produz e distribui para todo o País produtos para diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer.
Além da área de medicina nuclear, a empresa também atua em projetos voltados para o aumento da oferta de energia, a diversificação da matriz e a segurança energética do País, como o programa de extensão da vida útil de Angra 1, em colaboração com a Eletronuclear, que visa estender o funcionamento da usina de 40 para 60 anos. A AMAZUL também está capacitada a apoiar a gestão do envelhecimento de Angra 2 e participar do empreendimento de Angra 3.
Para a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), a AMAZUL projeta a ampliação da Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU) em Resende (RJ), cuja meta é garantir a autossuficiência do Brasil na produção de urânio enriquecido para abastecer as usinas nucleares de Angra.
Todos esses empreendimentos são voltados para a ampliação do acesso à medicina nuclear e produção de energia limpa, que não emite gases de efeito estufa, e contribuem para a descarbonização da economia e a proteção do Planeta.
Em parcerias com instituições, órgãos governamentais e a iniciativa privada, a AMAZUL prospecta oportunidades para a instalação de centros de irradiação de alimentos; a construção de pequenos reatores nucleares modulares, os SMRs, e a instalação de um centro tecnológico nuclear e ambiental para armazenamento de rejeitos radioativos.
Todos esses projetos têm como objetivo final a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos brasileiros.
Programa Nuclear da Marinha (PNM)

Dentro do PNM, a AMAZUL atua nos empreendimentos que têm o objetivo de projetar, construir, comissionar, operar e manter reatores nucleares do tipo PWR (Pressurized Water Reactor), e de produzir seu combustível.
A AMAZUL compartilha com a Marinha a gestão contratual e operacional de algumas fases do ciclo do combustível nuclear. A empreitada envolve a conclusão da montagem, o comissionamento e a pré-operação da Usina Piloto de Hexafluoreto de Urânio (USEXA), unidade do Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), em Iperó (SP), onde se converterá o minério de urânio (yellow cake) em hexafluoreto de urânio (UF₆) gasoso, matéria-prima para etapa de enriquecimento de urânio. Sem essa conversão não é possível produzir o combustível nuclear.
A empresa também colabora no desenvolvimento e construção do Laboratório de Geração Nucleoelétrica (LABGENE), um protótipo, em terra, do sistema de propulsão do futuro Submarino Nuclear Convencionalmente Armado. Instalado no CINA, o LABGENE será utilizado para validar as condições de projeto e ensaiar as condições de operação possíveis para uma planta de propulsão nuclear.
Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

Para proteger a nossa Amazônia Azul e garantir a soberania brasileira no mar, a Marinha do Brasil tem investido na expansão da sua força naval e no desenvolvimento da indústria de defesa. Com esse propósito, Brasil e França firmaram, em 2008, um acordo que deu início ao PROSUB. Esse programa viabilizará a construção do primeiro submarino nuclear convencionalmente armado e de mais quatro submarinos convencionais.
A chamada Amazônia Azul inclui uma área de 5,7 milhões de km² de grande importância estratégica para o País. Nesse imenso mar estão as reservas do pré-sal e dele se retiram cerca de 95% do petróleo, 75% do gás natural e 45% do pescado produzido no país. Pelas rotas marítimas são escoados mais de 95% do comércio exterior brasileiro.
A Amazônia Azul abriga inestimáveis recursos naturais e uma biodiversidade ainda não adequadamente explorada. Além disso, o mar impacta a vida de mais de 80% dos brasileiros, que se concentram em cidades litorâneas e a menos de 200 quilômetros da linha costeira, e impulsiona o turismo. Cabe à Marinha do Brasil proteger esse imenso território, cujas riquezas são comparáveis às da Amazônia brasileira, e assegurar sua herança para as futuras gerações.
A AMAZUL colabora com a Marinha no PROSUB. Além de contribuir com o desenvolvimento da Planta Nuclear Embarcada (PNE), seção responsável pela propulsão do submarino nuclear, a AMAZUL está comprometida com a busca de parcerias para aumentar o grau de nacionalização dos submarinos convencionais e com propulsão nuclear, ajudando a fortalecer a base industrial de defesa.